O Lançamento desta semana trata-se do filme “Os Smurfs e a Vila Perdida”. Nesta nova aventura completamente animada de Smurfs, um mapa misterioso leva Smurfette e seus melhores amigos, Gênio, Desastrado e Robusto, a uma empolgante e divertida jornada pela Floresta Proibida - um lugar mágico e repleto de criaturas incríveis - para encontrar uma misteriosa vila perdida antes que o malvado feiticeiro, Gargamel, o faça. Embarcando em uma viagem cheia de ação e perigo, os Smurfs estão no caminho que leva à descoberta do maior segredo da história Smurf!
Se há um elemento do longa que enche os olhos é seu design de produção, que apresenta personagens bem detalhados em belas paisagens de cores vibrantes condizentes com esse universo lúdico dos smurfs. A animação é bem fluída e ágil, uma característica que tem se mostrado como um diferencial para a Sony Pictures Animation em relação à concorrência, sendo novamente bem empregada para trazer aquela sensação de desenho animado da década de 1980/90.
O FEMINISMO
O filme parece
ter consciência de uma das maiores críticas em torno dos smurfs, que trata da
ausência de personagens femininas nas histórias dos homens azuis (o que deu
origem a um conceito chamado “Princípio Smurfette” na cultura pop), dando assim
o protagonismo à principal personagem mulher do grupo e inserindo outras
garotas na narrativa. Entretanto, surge a questão do “para que isto?” uma vez
que o filme não sabe como trabalhar com Smurfette. A todo o momento, a
personagem é salva por homens ou é colocada à sombra dos mesmos quando surge
algum perigo, além de ter de aturar as investidas e elogios pouco sutis do
smurf Robusto – algo um tanto quanto estranho em questão de representatividade
em um longa com roteiro encabeçado por duas mulheres.
Quando Smurfette
finalmente toma para si o papel de heroína, é de maneira tardia e com uma
atitude pouco criativa. É como se o filme quisesse mostrar algum empoderamento
para seu público feminino, mas sem querer deixar o masculino constrangido – e em
um mundo com obras empoderadoras como “Zootopia” e “Moana”, apenas para citar
casos recentes, esta é uma atitude pouco eficiente.
É notável
que “Os Smurfs e a Vila Perdida” apresenta boas intenções narrativas, mas o
modo como elas são aplicadas é insatisfatório, e sem uma grande história ou
elementos cômicos eficientes, o filme não consegue de destacar em meio a tantas
animações inovadoras. Os menores irão se divertir, mas qualquer criança maior
ou adulto que acompanhe seus filhos infelizmente acabará aborrecido com os
problemas da produção.
FICHA TÉCNICA:
Roteiro:
Peyo
Título
Original: Smurfs: The Lost Village
Gênero:
Comédia / Animação
Duração:
1 h e 30 min
Classificação
Etária: Livre
» Os produtores
conceberam o projeto como uma trilogia, que foi cancelada e ganhará um reboot.
» A
história dos Smurfs – uma propriedade criada por Peyo – começou em 1958 com a criação das revistas em quadrinhos que
posteriormente foram adaptadas à televisão e ao cinema.
» Demi
Lovato, artista honrada com discos de
platina, foi escalada para dar voz à poderosa Smurfette, com o ator cômico
indicado ao Emmy, Rainn Wilson encarnando o
papel do inimigo dos Smurfs, Gargamel. O Papai Smurf será interpretado pelo
vencedor do Emmy, Mandy Patinkin.
» O novo
longa-metragem de aventura de animação será dirigido por Kelly
Asbury, produzido por Jordan Kerner e coproduzido por Mary Ellen
Bauder.
Autor deste artigo: Jorge A. Rodrigues da Silva.
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